Quando abracei um amigo de muitos anos na festa de 40 anos da ABIFA e que acabava de ser homenageado pela sua imensa colaboração com o setor de fundição, me dei conta de que a maior contribuição desse ser humano tem sido o exemplo e isso trouxe a tona o que acontece na rotina empresarial.
As organizações que têm sistema de gestão bem sucedido, certamente se utilizaram de exemplos vindos de todos os níveis organizacionais para criar raízes fortes e tornar usual a coerência e o reconhecimento.
Os exemplos são a maior fonte de inspiração e a melhor forma de ensinamento, aquela que garante que nem sequer é preciso saber ler e escrever para aplicar o conceito e estabelecer critérios e padrões.
Cabe a Direção da empresa se tornar esse ponto de referência, sendo a primeira a adotar as regras de gestão empresarial e demonstrar que as decisões são tomadas com base em evidências e que as determinações se aplicam para todas as atividades realizadas na empresa inclusive aquelas que cabem à Direção. Imaginemos como se comportarão os colaboradores de uma empresa que demonstra claramente que não tem ética nos negócios e aposta em corromper para obter resultados, será que poderemos esperar outro modo de agir do grupo que atua na empresa?
Normalmente se encontra na media gerência a maior dificuldade de trabalhar com essa filosofia, pois querendo alcançar resultados a todo preço, se colocam acima das regras e ousam afirmar que “isso serve para todos menos para mim” criando uma ilha de discrepância que vai aos poucos obstruindo o andamento correto dos processos. Esta forma de gestão permite o surgimento de todo tipo de liderança, especialmente aquela que atua nos bastidores e que com jogo de palavras leva ao engano todos os que dependem desses lideres.
Todo dirigente que assume seu verdadeiro papel e que demonstra na prática a aplicação do respeito ao ser humano, a sociedade e ao mercado, passa a representar o educador perfeito para todos os que estão envolvidos com essa organização. Quando uma empresa assume essa atitude positiva acaba se tornando exemplo para seus fornecedores e digna de respeito pelos seus clientes. Cria em seus colaboradores a crença de que é possível se obter resultados de forma adequada e os incentiva a levar essa filosofia para dentro do lar estendendo o exemplo aos filhos e parentes.
A transparência diretiva leva a um movimento de busca da melhoria, que nasce entre os colaboradores que se sentem engrandecidos ao apresentar sugestões e que de alguma forma se transformam em exemplos em seus setores e classes sociais.
Afirmar que todos são iguais e que terão os mesmos benefícios é uma grande inverdade, mas afirmar que todos merecem respeito e que há reconhecimento das capacidades através da observação critica e justa dos gestores, de fato se firma como verdade nos sistemas de gestão e na estratégia de negócio da empresa.
Vale lembrar a sabedoria da imperatriz Quanny Akemi que afirmava:
“Meu pai liderava seus súditos na paz e na guerra e muitas vezes pudemos ver, a forma justa como definia pendências, como participava da primeira semeadura e do início da colheita, como informava a todos as razões de nossas batalhas e como abraçava seus filhos no retorno. Esse exemplo criou famílias sólidas, um reino próspero e que se manteve forte mesmo depois de sua morte.”
Use sua inteligência empresarial, mãos à obra e bons negócios.
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